25 abril 2012

Prova de resistência

Há tantas coisas sobre as quais não falámos por pensarmos ser as únicas a passar por isso...

Sinto-me outra vez a andar para trás. Esquisita, descontente se algo ou alguém não rema para o mesmo lado que eu, ansiosa, mal-humurada qual adolescente que não entende muito bem o que se passa consigo.

3ª volta, mais uma corrida. 3ª volta, e re-descubro que a fase dos 12 aos 18 meses do bebé me deixam completamente de rastos, acho que nem sou bem eu. É a 3ª vez. 3ª volta, a mesma corrida. Parece que a  minha prova de fogo é entre os 12 e os 18 meses, e parece que ainda não aprendi a geri-la. E corro e tropeço, e corro e tropeço. E tento andar mais devagar para não tropeçar, e tropeço de igual maneira. E tropeço e caio, e caio e procuro luz ao fundo do túnel. 3ª volta, uma má corrida. E corro e tropeço: no trabalho, em casa, no dia-a-dia, no casamento, com os filhotes, com a família próxima... Na verdade, em praticamente tudo o que da minha vida faz parte. E tropeço e repreendo-me, por não ter aprendido ainda. E caio e levanto-me, dorida nos meus silêncios, mas com a esperança de não cair novamente, pelo menos não tão fundo como por aí se houve dizer que volta meia volta as mães caem. 3ª volta, mais uma corrida. Tudo se repete, o que me trás o alento que já não falta tanto assim para os 18 meses, e entre os 18 e os 24 meses tudo se resolve, e eu volto a ser eu. Aquele eu que me agrada mais.
3ª volta, 3ª corrida, 3ª queda... Apesar de tudo encanta-me... Esta estranha forma de cair e bater no fundo, aliada a uma estranha força que acaba por nos obrigar a xutar a bola para a frente... Encanta-me... Esta estranha natureza que é ser mãe e mulher! :)