25 agosto 2014

"Recompensas" certas e erradas

O pai ou a mãe saem para outra cidade em trabalho. 1 dia, 2 dias, uma semana. Voltam e trazem uma prenda. Acho que há qualquer coisa de errado na cabeça das pessoas. Sairmos de casa sem os filhos não é (ou não deveria ser) razão de festa. A saudade não passa com um brinquedo novo – passa com um simples abraço bem apertado. Gosto que os meus filhos sintam saudades minhas quando eu não estou. Não quero que fiquem felizes por eu sair. Não quero e espero que nunca sintam que ainda bem que eu saí, por isso ser motivo de brinquedo novo.
As prendas deveriam ter uma razão de ser. Quando não têm uma razão de ser, não são prendas – é o marketing e o consumismo a agir por nós. Eu quando estou fora, às vezes também trago algo para eles. Não trago uma prenda, trago algo alusivo ao local onde estive. Um doce típico, por exemplo. Mas por exceção, não por regra.
O mês passado dei uma prenda ao filhote crescido. Parabéns meu filhote, o teu esforço ao longo deste ano lectivo valeu-te mais uma vez o Quadro de Honra. Mereces uma prenda – não por estares no Quadro de Honra, mas pelo teu esforço e trabalho para lá chegares. As manas, como é normal, perguntaram “E para mim?”. Para vós minhas meninas, há-de haver também. Um dia, quando o vosso esforço merecer ser reconhecido. E a conversa morreu aí, as manas pediram ao mano se também podiam brincar com o presente dele. A recompensa a quem a merece, e quando é merecida.

1 comentário:

Edu disse...

Concordo plenamente!
Apesar de não me ausentar muitas vezes, as raras vezes que o faço sem eles não costumo trazer prendas para eles. De qualquer forma, nunca tinha pensado dessa maneira (1º parágrafo), mas acho que é isso mesmo! :-)