29 fevereiro 2012

Alone at home...

Volta e meia acontece... A mamã sózinha com os 3 principes. E como normalmente vem tudo a calhar, consigo acertar em cheio quando estou sózinha... E em vez de chegar a casa mais cedo, calha-me chegar bastante mais tarde...

Vou estar sózinha, e ainda por cima estou atrasada. Bonito... O jantar fica feito de véspera, felizmente. Chego já a praguejar ordens, e estamos atrasados, e vamos despachar... Pois, volta e meia acontece. E depois acontecem três olhares tristes... Com um brilho nos olhos que me diz "Acalma-te mamã... Acalma-te que quem se atrasou foste tu, e nós não temos culpa...". E eu respiro fundo, e abraço cada um deles. Uns segundos abraçada a cada um, ainda que em contra-relógio, fazem milagres. Um abraço quando estamos atrasados e ninguém me obedece, trás como que por milagre a calma e a serenidade. E na serenidade eu já consigo baixar o tom e dizer "Desculpem, a mamã está cansada e hoje atrasou-se. Já são horas de estar a acabar de jantar e ainda só estamos nos banhos. Mas mesmo assim eu gostava de brincar um bocadinho convosco. Será que podemos ser todos amigos por um bocadinho, ajudarmo-nos e despacharmo-nos todos para ainda conseguirmos brincar antes de deitar?". Sim, eu faço todo este discurso. Treinei muito, pensei nisto muitas vezes, houve tantas vezes que correu mal. Mas hoje, hoje que estou sózinha e chego tarde, as coisas resultam muito melhor. E hoje, depois de muitas tentativas, de muitos dias falhados e de outros tantos de sucesso, os meus principes já me conseguem arrancar um sorriso assim que chego quando me dizem "Tu atrasaste-te, mas nós vamos ajudar e vamos brincar todos no fim" :o)

24 fevereiro 2012

Festas de aniversário - parte2

E no seguimento do post anterior, as minhas festas organizam-se assim:

A comida:
- Cerca de duas semanas antes sento-me com as minhas revistas de culinária e escolho prato principal e sobremesas. Vou fazendo em simultâneo a lista de compras do que me falta para os pratos que escolhi.
- Na vez seguinte de supermercado, trago logo o que não precisa de frigorífico e não se estraga, tipo ovos, chocolate de culinária, farinha, açúcar....
- O prato principal, tento escolher uma coisa que já tenha tudo incorporado: carne/peixe, acompanhamento e hortaliça. Os pratos tipo bacalhau com natas, cozido à portuguesa, arroz de peixe ou de marisco, são excelentes. Fazer uma carne, um arroz e uma salada tudo separado é das coisas que mais trabalho dão. Sempre que o prato que escolho não tem hortaliça, desde que conjugue bem com o prato principal tento cozer hortaliça em vez de fazer salada, porque é bastante mais rápido (faz-se quase sózinho...)
- As sobremesas vou fazendo a partir de quarta-feira à noite (normalmente as festas são ao sábado) depois do jantar, ou durante o jantar: pareço uma barata tonta, mas enquanto comem a sopa eu bato uns ovos, enquanto acabam de comer eu peso o resto dos ingredientes, ponho no fogão no mínimo quando é de fogão e vou mexendo, ou ponho no forno e vou acabar de jantar. Claro que também acontece dar esturro... Mas faz parte :) Para definir a quantidade de sobremesas, sem contar com o bolo de aniversário, normalmente faço uma sobremesa por cada 4 pessoas, o que dá normalmente cerca de 6 sobremesas.
- Para entrada normalmente faço patés: de atum e de delícias do mar. É rápido, faz uma mesa bonita e dá para ficar pronto de véspera.
- A salada de fruta, quando o marido se senta no sofá no dia anterior a ver televisão, deposito um alguidar com fruta, uma faca e sacos para o lixo no colo dele... "Enquanto estás aí, se não te importas... Vai descascando essa fruta. Se não der tempo para descascares toda não faz mal, eu depois acabo" Claro que ele acaba sempre por parti-la toda...
- Antes de me deitar de véspera ( e aqui é normalmente a maratona maior) descasco batatas, cebolas, deixo hortaliça no tacho, desfio bacalhau ou tempero carne... Tudo, tudo o que puder ficar feito, inclusivé tachos em cima do fogão, travessas e colheres de servir em cima da bancada da cozinha, cesto do pão pronto, garrafas de vinho para abrir,...
 - No dia da festa de manhã tento não me levantar depois das 8h, e ponho a comida a andar...

A casa:
 - Vou limpando durante a semana, começando pelas divisões que normalmente não são utilizadas, como seja o meu quarto e o escritório. Lavo tapetes e não os ponho, deixo-os enrolados no chão. Nessa semana não há tapetes em casa, para por só lavadinhos no dia de manhã. Deixo também preparadas as toalhas que quero por no wc. Como não há tapetes postos, de véspera é muito rápido passar o aspirador e a esfregona.

A mesa para a festa:
  - Como somos muitos para caber à mesa, faço a refeição volante, sem lugares postos. Tenho por isso uma única mesa de apoio com pratos, copos, talheres, guardanapos. Os copos, depositei-os nessa mesa, e os manos crescidos encarregaram-se de os por alinhados. Os talheres, também foram eles que puseram, e a loiça a que chegavam também. Restou-me por as coisas a que eles não chegavam, ou seja, cerca de 2minutos do meu tempo! E desta última vez, só houve baixa de um copo... Claro que às vezes acontece, mas eles também aprendem com isso a fazer as coisas com cuidado!

O depois da festa:
 - Tenho sempre ajuda. As pessoas acabam por colaborar e ajudar a levantar loiça, lavar, arrumar... Ainda na última festa, quando os últimos familiares saíram, o que restava fazer era aspirar o chão e tirar a toalha da mesa!

É preciso dispomo-nos a um rodopio destes, é verdade... Mas é tão bom ver a alegria dos meus príncipes a ajudarem-me a organizar mais uma festa para "todos todos"!!!!

Festas de aniversário - em casa!!

As festas são, por opção, em casa. E são, por opção, para a família toda. E só em família directa (mamã, papã, os 3 manos, tios e primos direitos, avós e bisavós) já somos quase 30. E cá em casa não se festeja só os aniversários dos miúdos, os papás também gostam de ter festa :o)

E a minha principal razão é esta: eu quero que eles gostem de estar com a família... eu quero que estas festas façam parte da vida deles assim como fazem da minha para que um dia, quando tiverem a casa deles, seja uma coisa normal de fazer e não um frete!! Nos dias que correm cultiva-se tão pouco o convívio em família, que não quero deixar passar em branco as poucas oportunidades que vai havendo de estarmos juntos! E de estarmos juntos no nosso ambiente, de recebermos na nossa casa!!

Dá trabalho? Um pouco. Mas como em cerca de 8 anos já conto 28 festas em casa, duas das quais batizados com 60 pessoas, fui aprendendo a minimizar esse trabalho. Bom, os batizados deram trabalho à séria. Eram muitas pessoas. Mas as festinhas de aniversário que rondam as 25-30 pessoas, já passaram ao estatuto de trivial e não dão tanto trabalho assim. Ou melhor... Quem corre por gosto, organiza-se, distribui trabalho, e não se cansa por aí além :)

E já agora... Eu organizo-me assim.

23 fevereiro 2012

Birras e estratégias... Que talvez ajudem

No seguimento do post os manos e as birras, aqui ficam duas das minhas estratégias... que talvez ajudem.


A hora da mama… sempre foi para mim o mais complicado. Tantas e tantas vezes que dei de mamar a um com o outro enrolado nas pernas… Tantas e tantas vezes que ele se conseguia escapulir das minhas pernas e, a olhar para mim como quem diz “agora estás aí presa, faço o que me aptecer”, esvaziou gavetas inteiras, tirou cd’s das caixas, caixas e tampas e panos das gavetas da cozinha… Um dia, com calma, lembrei-me de planear a hora da mama com ele. Disse-lhe que o bebé precisava de comer. Perguntei-lhe se também ele queria comer, ao lado do bebé. Respondeu-me que sim, e dei-lhe uma peça de fruta aos pedaços. Sentou-se ao meu lado, feliz, a comer a sua fruta enquanto o bebé mamava. Criei o “problema” de ter que ter sempre fruta pronta para o crescido quando ia dar de mamar… Mas resolvi um problema maior J



A hora da refeição… do mano crescido
Aqui os papéis invertem-se… E enquanto o crescido se senta à mesa connosco, o bebé chora com toda a sua garra porque quer colo, ou simplesmente atenção. E nós, mães à beira de um ataque de fúria que se vai adivinhando cada vez mais ao rubro, temos que respirar 500 vezes para não nos desmancharmos em gritos e castigos e palmadas.
Comecei a aproveitar estes momentos para mostrar ao mais velho que não é só ele que tem que esperar e dar lugar ao bebé. O bebé também tem que lhe dar lugar, quando assim é necessário. Aproveitava para me virar para o bebé e dizer “Tu já bebeste o teu leitinho. Agora é a vez do mano comer, e tu também tens que esperar. O mano também espera quando tu tens que comer”. Os olhos do mais velho brilham. E eu sei que ele se sente feliz por perceber que o lugar dele afinal existe e não desapareceu, só tem que ser partilhado. O meu filhote crescido cresceu mais um bocadinho. E percebeu que afinal quem ele julga ter-lhe tirado o lugar pode muito bem ser um amigo e não o inimigo que ele pensava. O bebé por uns momentos sustem o choro, espantado com a conversa que talvez não entenda. A seguir volta a chorar, e eu dou-lhe qualquer coisa para se entreter, e se não resulta deixo-o chorar. Custa um bocadinho a gritaria, pois custa. Mas mais não é do que um passo em frente. E assim, em poucas semanas, passámos a sentar-nos todos à mesa sem grandes choros J

22 fevereiro 2012

Confessionário

Adoramos ser mães, sem dúvida… Mas ainda assim há todas aquelas coisas parvas que volta e meia nos passam pela cabeça. Isto são pensamentos que já me passaram pela cabeça. Várias vezes. Simplesmente convenci-me que isso não faz de mim pior mãe… Convenci-me que não sou diferente. Sou igual. Simplesmente ninguém fala disso… Parece que é um segredo muito nosso e que não são pensamentos admissíveis de quem decidiu ter filhos. Mas a verdade é que por vezes estas coisas passam-me pela cabeça… Ser mãe tem destas coisas, e já não fico triste ou a julgar-me péssima mãe quando estes pensamentos me assolam. Fico antes a pensar que preciso de dormir mais um pouco... J

Ficam alguns desses pensamentos parvos, mas que acontecem... Não somos loucas: somos mães. E às vezes o cansaço domina-nos:
Ou se calam em três tempos ou em três tempos eu começo a distribuir tareia…


Apetece-me virar-vos costas. Ignorar-vos. Ir ler o meu livro em paz e sossego. Que saudades do tempo antes dos filhos…


Esta vida podia ser um contrato. Hoje estou bem disposta e quero ser mãe, e quero-vos comigo. Amanhã estou com a neura e gostava de vos poder entregar a quem de direito, por tempo indeterminado... Até conseguir dormir umas noites descansada, até matar as saudades de ir ao cinema quando me apetece, até por a montanha de roupa em ordem... 


Se esta vida fosse a vida de antigamente, eu agora ia-me deitar descansada e sem pensar em refeições, em mudas de roupa, calçado e agasalhos para amanhã, em mochilas, em batas sujas ou lavadas...


Antes dos filhos eu saia do trabalho e podia ir passear ao shopping. Podia ir trabalhar ao sábado e ao domingo para acabar alguma coisa. Podia combinar jantares em cima do joelho. Podia não ter jantar, vinha uma pizza. Ou não se jantava, comiam-se uns cereais com iogurte ou um chocolate quente. Podia planear as férias sem pensar se o hotel tinha microondas ou frigorífico...

17 fevereiro 2012

Quando o caos passa cá por casa...

Pois, por aqui também há dias desses. Sou organizada, sim... Mas não sou perfeita. E há dias piores. Dias difíceis, mesmo...
Ontem foi um dia assim. Cheguei tarde. Consideravelmente mais tarde... Cheguei perto da hora de deitar. E como a Ley de Murphy também é real, só ao entrar em casa me lembrei que não tinha nada para o jantar!! Nestes dias dá-me a saudade da vida antes dos filhos... Comia-se um iogurte e uma sandocha e a coisa ficava feita. Que saudades!!!

Mas como há filhos... E como eles não aceitam passar fome... Há um must-have de todas as dispensas que me lembrei de partilhar convosco: Tenham sempre, sempre, aquelas massinhas fantásticas com carne dentro... Que cozem em 10min!! (E já agora escolham as que não precisam de frio... têm validade maior e não ocupam espaço no frigorífico) Isso e legumes ultra congelados para adicionar (eu sou fã dos bróculos e da couve-flor). E em 15min fiz o meu jantar: A bendita massa e uns bróculos, tudo cozido junto. Claro que... enfim, sabe um pouco a pão sem conduto quando estamos mesmo de barriga a roncar de fome... Mas há dias assim!!

15 fevereiro 2012

Os manos e as birras

O primeiro filhote, que era único, que era tão bem comportado, tão carinhoso, um modelo de criança… Até queria um mano, até adorou conversar com o mano que estava na barriga, até dizia que lhe dava todos os brinquedos, andava extasiado e contava a quem com ele se cruzava na rua que ia ter um mano!! Mas um dia o mano chegou a sério. E o mano a sério afinal não brincava, não falava, não andava, não se sentava, não se ria… E como se não bastasse isto, o mano a sério passa a ocupar demasiado a mamã… E agora? Como se sentem vós, mamãs, quando deixam de ser o centro das atenções de alguém? É só isto… É tão simples quanto isto: o nosso bebé crescido foi obrigado a dar um grande passo no seu crescimento. Fizemos alguma coisa mal? Nem pensar, de todo! Demos-lhe a melhor prenda do mundo: um mano. Mas, tal como ele, também nós temos que ser fortes:

E não desesperar nunca com as mudanças de comportamento, porque o nosso filho crescido não se deseducou de um dia para o outro, não deixou de ser carinhoso e nosso amigo de um dia para o outro. Está apenas a crescer. E a tentar mostrar-nos que também existe, e a tentar garantir que não será esquecido. Por muito que lhe digamos e mostremos que ele será sempre importante para nós, tanto como o novo bebé, ele não conseguirá acatar isso de mão beijada. Simplesmente acha que lhe roubaram o lugar. E a forma de o ir aceitando, é simplesmente provocando-nos, desafiando a nossa paciência. Há que ser tolerante. Tudo passa, o nosso filho está simplesmente a crescer!

14 fevereiro 2012

Meu querido amigo forno!

Não sou grande fã da comida pré-preparada... E por isso mesmo, a cozinha acaba por ser mais uma coisa importante a gerir, para conseguir comer saudável durante toda a semana de trabalho!

E para quem prepara refeições como eu... Fazem-no por gosto, ou porque tem que ser? Eu faço por gosto, mas ainda assim há dias em que me apetecia chegar a casa e ter o jantar na mesa. E porque esses dias acontecem, quando estou na onda inversa cozinho a triplicar ou a quadriplicar... E congelo prontinho a por no forno. Sabe tão bem... E sabe melhor ainda, porque é um instantâneo caseiro!
Os pratos que têm já tudo incorporado ( carne/peixe, massa/arroz/batata e legumes ) são os melhores. Põem-se no forno antes de começar a dar banhoca aos pequenos, e no fim da banhoca é só sentar à mesa. Mas há muitos outros que também são práticos, e que quando se faz tanto faz fazer para uma vez como para 4 ou 5 vezes, como o bacalhau com natas, carne à bolonhesa, carne estufada, caldeiradas de peixe... Experimentem. Sabe tão bem naquele dia em que estamos mais cansadas poder não cozinhar e não ter que passar obrigatoriamente pelo recurso da pizza ou do frango assado!!

Também para a sopa faço algo parecido, que no dia-a-dia depois sabe muito bem: Disponho-me um dia (de vez em quando, talvez uma vez por mês) a arranjar hortaliça em quantidade, escaldar e congelar em saquinhos pronto para por na panela. Sejam couves já cortadas, sejam espinafres, nabiças, ou mesmo agrião.   Sabe bem saltar este passo quando é preciso fazer sopa, e em cerca de 20min temos uma sopinha acabada de fazer!!

Para os restantes dias, aqueles em que efectivamente cozinho para o dia, a organização passa pelo dia anterior. Durante o percurso trabalho-casa, em vez de me chatear com o caos do trânsito e com o tempo de viagem, vou pensando no que me apetece jantar no dia seguinte. Às vezes em linha de conta com o que tenho em casa, outras passo pelas compras antes de chegar a casa a comprar qualquer coisa que falte. Em casa, e depois de deitar os pequenos, oriento tudo o que posso para a refeição do dia seguinte: cebola picada no tacho, arroz medido e lavado, batatas e legumes descascados... Tudo o que possa e me deixe menos trabalho para o dia seguinte. Às vezes até deixo a loiça para pôr a mesa em cima da bancada da cozinha, com um pano por cima. E garanto-vos que assim é quase sempre possível comer comida caseira, variar, e jantar a tempo e horas :o)

02 fevereiro 2012

Tempo de qualidade, ou tempo em quantidade?


  Oiço tantas e tantas vezes que mais vale pouco, desde que seja de qualidade... Pois eu discordo. O "pouco de qualidade" é normalmente o fim de dia atribulado com banhos, jantar, cama... Será que realmente resta alguma qualidade na nossa correria do dia-a-dia? Francamente não me parce... E a experiência diz-me que mais vale todo o que for possível, e com a melhor qualidade que consigamos. Vale mais estarmos por perto deles, ainda que não consigamos estar a dar-lhes a atenção que eles gostariam. Aos poucos, neste evoluir da carreira de mãe que os anos nos vão proporcionando, felizmente descobri que é possível dar-lhes tempo, muito e de qualidade:


  - Sempre que consigo, fico a trabalhar em casa. Eles têm a rotina deles e eu a minha, mas estando em casa consigo almoçar com eles.
  - Quando tenho alguma coisa a tratar que prevejo que não demora muito tempo, levo um deles comigo. Eles ficam felizes e acabam por ser uma boa companhia. E para quem tem filhotes que no supermercado pedem tudo e mais um par de botas... Isso domestica-se, como tantas outras coisas.
  - Tento sempre tirar férias quando eles têm férias da escola, nem que seja para ficar em casa com eles. Cansa mais do que o trabalho fora de casa, mas é muito mais gratificante também.
  - Tento sempre não faltar às actividades da escola (desfiles, festas de Natal, aniversários deles, ....)
  - Nos dias em que me atraso e chego realmente tarde a casa, ponho qualquer coisa no forno e sento-me com eles a brincar um pouco. Nesses dias as birras normalmente são mais acentuadas, por isso sinto que é importante deixar um pouco de lado o "despachem-se vamos tomar banho, despachem-se vamos comer, despachem-se vamos deitar...". Tento dizer a mim própria que eles não têm culpa de eu ter chegado tarde. E nesses dias o pouco tempo acaba por saber a muito. (Claro está que também tenho dias em que não consigo... e ralho mais do que o que brinco... O meu compromisso para comigo é, no entanto, tentar que não haja muitos dias destes!)

  Sugiro que tentem, ao menos de vez em quando, ficar em casa com eles. Levá-los às compras. Dizer-lhes não quando pedem televisão, e sentarem-se no chão com eles a fazer um jogo ou a ler uma história. As primeiras vezes custa. Não estamos habituados a ser pais a tempo inteiro. Mas depressa se descobre como isso permite criar laços que acabam por os tornar crianças mais calmas, e quão aprazível acaba por ser :)