23 fevereiro 2012

Birras e estratégias... Que talvez ajudem

No seguimento do post os manos e as birras, aqui ficam duas das minhas estratégias... que talvez ajudem.


A hora da mama… sempre foi para mim o mais complicado. Tantas e tantas vezes que dei de mamar a um com o outro enrolado nas pernas… Tantas e tantas vezes que ele se conseguia escapulir das minhas pernas e, a olhar para mim como quem diz “agora estás aí presa, faço o que me aptecer”, esvaziou gavetas inteiras, tirou cd’s das caixas, caixas e tampas e panos das gavetas da cozinha… Um dia, com calma, lembrei-me de planear a hora da mama com ele. Disse-lhe que o bebé precisava de comer. Perguntei-lhe se também ele queria comer, ao lado do bebé. Respondeu-me que sim, e dei-lhe uma peça de fruta aos pedaços. Sentou-se ao meu lado, feliz, a comer a sua fruta enquanto o bebé mamava. Criei o “problema” de ter que ter sempre fruta pronta para o crescido quando ia dar de mamar… Mas resolvi um problema maior J



A hora da refeição… do mano crescido
Aqui os papéis invertem-se… E enquanto o crescido se senta à mesa connosco, o bebé chora com toda a sua garra porque quer colo, ou simplesmente atenção. E nós, mães à beira de um ataque de fúria que se vai adivinhando cada vez mais ao rubro, temos que respirar 500 vezes para não nos desmancharmos em gritos e castigos e palmadas.
Comecei a aproveitar estes momentos para mostrar ao mais velho que não é só ele que tem que esperar e dar lugar ao bebé. O bebé também tem que lhe dar lugar, quando assim é necessário. Aproveitava para me virar para o bebé e dizer “Tu já bebeste o teu leitinho. Agora é a vez do mano comer, e tu também tens que esperar. O mano também espera quando tu tens que comer”. Os olhos do mais velho brilham. E eu sei que ele se sente feliz por perceber que o lugar dele afinal existe e não desapareceu, só tem que ser partilhado. O meu filhote crescido cresceu mais um bocadinho. E percebeu que afinal quem ele julga ter-lhe tirado o lugar pode muito bem ser um amigo e não o inimigo que ele pensava. O bebé por uns momentos sustem o choro, espantado com a conversa que talvez não entenda. A seguir volta a chorar, e eu dou-lhe qualquer coisa para se entreter, e se não resulta deixo-o chorar. Custa um bocadinho a gritaria, pois custa. Mas mais não é do que um passo em frente. E assim, em poucas semanas, passámos a sentar-nos todos à mesa sem grandes choros J

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